terça-feira, 27 de junho de 2017

Coach-ability

Coachability é o estado ou a condição de alguém para beneficiar de um processo de coaching. Dizem os "entendidos", que um cliente só beneficiará de um programa de coaching caso seja Coachable.

Na ABP acreditamos que qualquer pessoa é coachable!

Então, porque algumas pessoas retiram maior valor do coaching que outras?

Segundo alguns estudos, conseguimos identificar dois grandes tipos de coaching:
 - Coaching para o Comportamento - coaching centrado na consciencialização e, consequentemente, na prática de ações direcionadas para a alteração de comportamentos que não estão a ser úteis ao coachee num momento especifico;
- Coaching Transformacional - um trabalho mais profundo com o coachee, em que a reflexão resultante do coaching providencia algo completamente novo.

Acontece por vezes, que o coachee não está preparado para o Coaching Transformacional. E isto não tem a ver com o facto de ela/e não ser coachable, mas apenas devido a dinâmicas de contexto: o momento de vida do coachee pode não ser coachable, o momento de vida ou a cultura da organização pode não ser coachable, o momento da equipa pode não ser coachable, ...

O próprio coach tem que ter passado (e estar sempre preparado para passar) por processos de consciencialização profundos.

Também o coach tem que ser coachable!

No passado dia 10 de Junho, apresentámos em Toronto na Conferência ACTO / GSAEC um estudo de caso, com o objetivo de promover a reflexão junto de uma audência de cerca de 120 educadores de coaches - escolas de formação e universidades. 




Nessa Conferência, que iniciou com uma palestra do Prof. Doutor Richard Boyatzis sobre "Effective Coaching for Sustained, Desired Change", seguimos com um estudo de caso sobre diversidade e multiculturarismo, desafiando os participantes a encontrar soluções para o trabalho de reflexão profunda com estudantes de coaching de diversas culturas, e por vezes em ambientes virtuais.

Um estudante de coaching que pretenda exercer a profissão de coach, em qualquer parte do mundo que se encontre, deverá desenvolver a capacidade de uma introspeção profunda, ou seja, deverá ela/e própria/o ter coachability.

No final do dia, a reflexão de vários grupos de trabalho, concluíu que este espaço de introspeção pode ser criado reunindo os seguintes elementos:
  • Promoção de um maior nível de awareness (consciencialização), convidando o participante do processo a explorar a sua singularidade;
  • Todos deverão estar abertos à vulnerabilidade, não receando demonstrá-la e permanencendo sempre numa posição de aprendizagem e curiosidade perante o exterior mas também para com o seu intímo;
  • Criação de espaço de conforto, onde as lideranças possam ser partilhadas e onde o conhecimento não seja apropriado apenas por uma das partes;
  • Promoção de relações com sentido, fazendo uso do PEA - Positive Emotional Attractor - (Boyatzis, 2011), porque as emoções são contagiosas, e todos devemos ser responsáveis pela utilização positiva das mesmas, de forma a que o espaço comum seja potenciador de recursos.

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