Às organizações de hoje surgem desafios estratégicos perante
a imprevisibilidade, a complexidade, a ambiguidade e a dinâmica que a
velocidade da mudança introduz. Para manter a sua competitividade a uma escala
global, as organizações começaram a perceber que será através das pessoas que
podem verdadeiramente fazer a diferença. Organizações que atraem, têm e retém
pessoas dinâmicas, criativas, resilientes e empreendedoras podem fazer a
diferença. O segredo estará precisamente em compreender quais as estratégias
que irão atrair, ter e manter níveis de satisfação e desempenho individuais que
permitam que a organização se destaque. Este
segredo está em grande parte na capacidade das equipas e dos seus managers
manterem elevados níveis de motivação e visão, para além de proporcionarem
aprendizagens contínua e continuada.
O coaching surge como o estilo de liderança destas novas
organizações, às quais já não é dado o devido tempo para formações convencionais.
A aplicação das aprendizagens deve ser, hoje, imediata, e a sua supervisão deve
ser continuada. A criatividade deve ser estimulada de forma a proporcionar
inovação. E os conhecimentos adquiridos ao longo da vida não podem ser
menosprezados, mas sim contextualizados.
Este estilo de liderança requer comportamentos dirigidos a
ações e resultados, proporcionados pela aprendizagem continuada, pela
criatividade e pelos conhecimentos contextualizados. Este estilo de liderança,
muito mais funcional que intrínseco,
pode ser aprendido e desenvolvido. E os comportamentos necessários a
este estilo de liderança podem ser medidos e aperfeiçoados.
As organizações do mundo VUCA devem questionar-se se têm a
liderança exigida pelas características desta nova realidade, refletindo sobre:
- Na última vez que avaliei os meus líderes medi a presença de um estilo tipo coaching?
- Como posso conhecer e desenvolver os meus líderes com vista a promover uma cultura de dinamismo, criatividade, resiliência e pro-atividade?
As novas gerações vão exigir conhecer os propósitos e visão
dos projetos e negócios, vão motivar-se pelo constante aperfeiçoamento e
dinamismo em projetos, e vão necessitar de tudo isto no aqui e no agora. Os
seus líderes deverão estar munidos de uma grande capacidade de comunicação -
honesta e direta - em que as gestão de expetativas e a capacidade de dar e
receber feedback são comportamentos chave. Este líder deve ser desafiador ao
mesmo tempo que promove facilitação de aprendizagem em parte através do
exemplo, e ao invés de dar resposta, deverá estar apto a promover reflexão na
equipa através do questionamento.
A nova realidade organizacional que se quer competitiva será
mais focada no trabalho desenvolvido por equipas de elevado potencial, nas
quais a inter-relação, muitas vezes multicultural e à distância, é o fator
diferenciador. A liderança do mundo VUCA deve, então, estar preparada para agir
em ambientes multiculturais e tecnológicos, onde as competências relacionais de
adaptabilidade e de virtualidade são fundamentais.
Está a sua organização preparada para este estilo de
liderança?